Com o desejo de fazer moda em um contexto mais amplo, misturando artes plásticas, formas alternativas de design, culturas distintas e muita história, a marca mineira Auá nasceu em 2003 refletindo o próprio nome: na língua tupi, a palavra “auá” quer dizer, ao mesmo tempo, homem, mulher, indígena, gente de todo o mundo.

A AUÁ

A Auá traz em seu DNA cortes simples e estamparias na maioria das vezes assinadas por outros criadores, sejam designers, indígenas ou artistas plásticos, abordando a identidade brasileira como um espaço múltiplo e complexo, vista do lugar da montanha, da rua e também da floresta.

Universos variados e tempos distintos se cruzam nas tramas da roupa de maneira surpreendente: a arte neoconcreta de Amilcar de Castro pode dialogar, por exemplo, com as cestarias e trançados dos indígenas Ye’kwana; assim como os desenhos da natureza feitos pela designer Heloisa Crocco, com suas estampas retiradas dos veios da madeira, de algum modo se encontram com as superfícies gastas e ásperas dos objetos do artista Marcos Coelho Benjamin.

Mundos tão variados se expressam também no uso das matérias-primas – que vão da seda ao linho, dos diferentes algodões às fibras da madeira, priorizando sempre a matéria natural. Prezando pelo conforto, com peças que privilegiam o movimento e a fluidez, mas também pela elegância e sofisticação, vistas no cuidado com as proporções e acabamentos, a Auá se propõe a fazer moda como está em seu nome, para gente de todo o mundo.

Criada por Patrícia Guerra, estilista com passagens pelas confecções de Renato Loureiro e Patachou, e pelo colecionador Paulo Coelho, a Auá conta hoje também com o talento das filhas do casal, Laura e Clarissa Guerra.